Bem antes do início do show, a legião de fãs no entorno do Siará Hall dava uma dimensão do que seria a apresentação da banda mexicana RBD, em sua turnê de despedida pelo Brasil. Mas o tumulto foi em vão. O Siará Hall não chegou nem perto de lotar. Os espaços vazios eram muitos, e os fãs se concentraram na parte mais próxima do palco. Muitos estavam vestidos a caráter, no estilo colegial, gravata vermelha e camisa branca. No aperto, de acordo com o departamento de enfermagem da casa de show, seis garotas sofreram desmaios.
Por problemas técnicos com o canhão de luz, a banda entrou no palco com uma hora e meia de atraso. A longa espera tornava o público ainda mais eufórico. Qualquer alarme falso para iniciar o show, era motivo para a galera gritar, chorar, pular e fotografar. Para entreter o público durante a demora, houve um apresentador puxando o coro do público ensaiando as músicas. Antes, o cantor mexicano PeeWee fez uma palhinha com quatro músicas, como se fosse um pequeno aperitivo da noite. "Quero que Fortaleza me ensine a falar brasileiro", brinca PeeWee.
22 horas. As luzes do Siará Hall se apagam. Mesmo assim o local mantém-se iluminado: a garotada estava com máquina digital e bastões coloridos, agitando em punho. Parecia até efeito especial da produção. No palco, véus brancos ampliam as sombras dos integrantes. O público chora, joga faixa, peças das roupas.
Como se fosse uma dança erótica, os cantores se rebolam nas sombras. O véu branco cai, as luzes acendem e os integrantes começam com a primeira música Cariño Mio, cantada em conjunto com a platéia. Sem a participação da cantora Maite Perroni, que não participou da última turnê, o RBD teve que mostrar o charme apenas das cantoras Anahi e Dulce Maria, vestidas com mini-topes e mini-saias.
O palco, em formato de pista, servia de desculpa para os integrantes desfilarem e se aproximarem da platéia. O ápice se deu quando a cantora Anahi chegou ao meio e gritou "Eu te amo, Brasil".